segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Amizade... A lost value to us.

Pensei que os sentimentos que nos assolam a alma, se mantêm enquanto uma parte de nós o permite. Enquanto não nos magoam e nos ferem.
Pensei que o respeito, o carinho e a amizade eram infindáveis, mas enganei-me...ou talvez não. Talvez tudo isso se transforme numa coisa diferente, quase insignificante.
Contigo as coisas foram diferentes de todas as outras.
Demoraste a entrar, mas quando entraste, vieste com vontade de marcar território, coisa que comigo não funciona muito bem.
Não havia espaço para mais ninguém, mas mesmo assim abri a redoma de vidro e acolhi-te da melhor maneira que consegui e da melhor que me permitiste.
Hoje, pergunto-me se o devia ter feito. Cá bem no fundo, no fundo, sei que não. Não da forma como foi.
Não soubeste aproveitar a grande oportunidade que te dei.
Somos de mundos diferentes, mas nem por 1 segundo te desrespeitei por isso, pois não? Passámos grandes momentos juntos, não há como o negar, mas os maus momentos dos últimos tempos ensombram todos os outros e creio que em termos de amizade a "experiência" foi mais negativa que positiva. Creio que o tempo ainda tem uma palavra a dizer sobre isso, mas o tempo esgota-se.
Desapareceste. Foste embora sem sequer dizer "Até logo".
Foi isso que me magoou mais que tudo o resto.
Encarei isso como uma tremenda falta de respeito. Como uma tremenda falta de muita coisa da tua parte. É pena não ter guardado um fragmento de uma frase tua que um dia me escreveste, para agora poder citá-la tal e qual. Lembro-me que dizia qualquer coisa do tipo: "Bem vinda ao meu restrito círculo de amizades. Vou tentar nunca a desapontar."
Deixa-me dizer-te que não tentaste o suficiente.
Desapontaste-me várias vezes e ao longo dos tempos, com mais dor e mais frequência.
Pedi-te somente 3 coisas: Lealdade, Amizade e Sinceridade. Não cumpriste nenhuma das 3.
Conheces-me o suficiente para saberes que não ando atrás de ninguém. Quem quer estar, está, quem não quer, não está.
Respeito (embora me custe não perceber porquê) o que fizeste.
Quem sabe um dia tu ou alguém me consiga explicar.
Hoje desisti de nós.
Desisti de acreditar que tu mudas, que és alguém com coragem.
Desisti de tentar manter-me aqui.
Desisti que te procurar para te achar, para saber de ti, para saber se estavas bem.
Desisti de jantar, de tomar café, de tudo.
Como alguém que me é muito, muito querido me diz: As pessoas conhecem-se pelas acções e não pelas palavras".
Já nem há palavras, quanto mais esperar acções...
Compreendo agora que isto foi um ciclo e está na minha mão fechá-lo.
SEI que um dia voltarás.
Pelo pouco (outrora muito) que conheço de ti, tentarás explicar-te. Não sei se me apetecerá ouvir-te.
Não esperes que te ouça. Não esperes que te sorria como dantes, se te encontrar na rua.
Não esperes que te ligue ou que tente saber de ti.
Não esperes nada.
Se e quando vieres, traz quem foste e não quem és.
Talvez um dia, quando já for tarde demais, me consigas entender.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

A alguém que desconhece o que é a Amizade

Foste um dia uma montanha.
Daquelas que têm cavernas que nos refugiam aquando das tempestades repentinas.
Hoje não és mais.
Hoje és uma ruína daquilo que foste e daquilo que algum dia serás.
És um pedaço de terra perdido no horizonte.
Perdemos o rumo para chegar a ti.
Não sabemos mais que caminho tomar.
O Sol, o teu Sol, turva-nos a vista de todas as vezes que tentamos retomar o caminho. Encandeia-nos e não nos deixa prosseguir viagem.
Deixaste de ter vontade própria em função do Sol. Ele comanda e destina o teu caminho. Tentámos mais uma vez.
Agrupámos as razões, as cordas que nos mantém unidos, os ganchos das nossas vidas e a vontade de te procurar mais uma vez.
Para mim, a última.
Caminhámos, caminhámos e desta vez vislumbrámos-te no horizonte.
O Sol estava em animada conversa com uma nuvem que o impedia de te iluminar.
Pensámos que desta vez conseguíamos içar-nos e subir ao teu topo.
A meio da escalada, o Sol veio. Escusado será dizer que não a completámos.
O resto da equipa está já a agendar a próxima tentativa.
Eu desisti.
Procurarei outra montanha.
Uma montanha que tenha sempre uma caverna para me abrigar, independentemente da vontade do Sol que com ela permaneça.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Queria...

Quero ser tudo aquilo que não sou.
Quero desprender-me das coisas e das pessoas
em que acreditava e que afinal não eram quem eu pensava.
Quero ser capaz de magoar intencionalmente,
de abanar o mundo deles tal como eles abanam o meu.
Sem pensar que dói,
sem pensar que magoa,
sem pensar que destrói.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Há fugas e FUGAS.

Contrariamente ao que a palavra indica, não foi preciso fugir.
A fuga veio ter comigo. Trazia um nome, uma data e um plano e o plano agradou-me tanto como o nome e a data. Trouxeste de volta o meu eu mais secreto. A minha mais tremente loucura e a aventura "calculada".
Sei que não vou conseguir expressar nunca a minha gratidão pelo teu gesto e que também não vou conseguir nunca explicar a quem quer que seja a imensidão da surpresa e da alegria que se seguiu. Senti-me "alive", não cabia em mim de contente. Senti-me livre e isso já não acontecia há muito tempo. Senti que podia mudar o mundo naquele instante. Libertar todos os meus medos e julguei-me capaz de tudo.
Tenho alguns SES no caminho, mas os MAS desta vez são mais fortes.
Contra o meu senso, a minha lógica e por todas as razões que a minha razão desconhece, fá-lo-ei.
Por mim. Por ti. Contigo.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Still Loving You

Apercebi-me que passem os anos que passarem, gostarei de ti sempre da mesma forma e com a mesma intensidade com que o faço hoje. Diz o povo que o tempo tudo cura, mas não creio que assim seja.
Hoje tenho a sensação que ando às voltas e que durante todo este tempo, foi isso que fiz. Around, Around, Around... Há algo que não sei explicar que me prende a ti. Quanto te vejo ou quando te ouço...tudo cá dentro se embrulha e salta e... falta o ar.
Durante todo este tempo tentei afastar-me... ou pelo menos vir andando. Percorrer o caminho de volta, mas sempre que dou mais passos que o esperado e quando já estou a avistar a ponte, tu vens e levas-me de volta. E fazes isso vezes sem conta.
Nada me garante que tu também não sintas e não tentes o mesmo e que eu também te resgate no momento exacto. SEI, com toda a certeza do Mundo, que algo invisível nos mantém agarrados um ao outro, só não sei porquê...
Gostava que essa tal força, nos pegasse ou nos largasse de vez. Deixar este impasse, este chove e não molha e esperar que um dia as coisas se resolvam. Deixar de esperar que hoje me ligues e que volte a sentir-me viva, que te lembres de dizer-me Olá, só pelo simples facto de o fazeres, sem um motivo maior. Que me olhes e que nos teus olhos veja aquilo que sempre vi e que eles insistem em dizer-me, mesmo que os teus lábios não estejam de acordo. Deixar de acordar a pensar se já estás acordado e lutar contra a vontade de te mandar uma mensagem a dizer: Amor, são horas de acordar...
Deixar de pensar onde estás naquele momento em que vi algo que queria mesmo muito partilhar contigo. Ver o Pôr-do-Sol sem a emoção devida porque não estás aqui. Não viver a cem por cento, porque sem ti o sentido é outro. Sentir o teu jeito "aflito" e a mudança da tua respiração quando tens algo para dizer e não consegues.
Querer abraçar-te e dizer-te que o dia correu bem. Ficar nos teus braços um instante enquanto o Mundo se refaz e nasce de novo...