segunda-feira, 28 de abril de 2008

Revolução...

Venham as memórias, os momentos e tudo o que me fez prisioneira de ti.
Hoje é dia de mudar o regime. Vivemos em democracia e cada um tem o direito de viver como bem entende. Fartei-me de ser prisioneira desse amor que não ata, nem desata e que quando desata, ata de novo.
Na liberdade, não existem laços que nos unem, que nos prendem as pernas e nos cortam as asas. Existem vontades que devem ser respeitadas e opiniões que devem ser dadas, sem serem impostas.
É aí que o teu regime perde. Na vontade de querer fazer de mim, algo que tu idealizas, mas que eu não sou, nem quero ser.
SIm, manda que as tuas tropas me prendam!
Que me torturem com promessas vãs de liberdade e de mudança! Nesse regime já não há nada de novo.
Envia-me os soldados, vá! Cá os espero.
Tenho uma ideia para cada um deles e umas palavras.
Saberão eles o que é a liberdade? O poder ser livre. O poder pensar, ser e estar como cada um de nós quer e não como os outros querem que nós sejamos.
EU quero ser livre.
Eu quero ser nada se nada me apetecer ser, sem que tu nem ninguém me julguem.
EU quero ser simplesmente quem sou.
Já avisto as tuas tropas.
Trazem ilusões, incertezas e mágoas. É com isto que lutas? Com o querer hoje e já não querer amanhã?
Lamento dizer-te que eu quero sempre liberdade e essa liberdade traduz-se em pequenas coisas como dizer-te que hoje já não me apetece lutar.
Desarmei as tropas e mandei-as render. As tuas não o fizeram, porque mais uma vez não sabem o que fazer. Falta-lhes atitude e poder de decisão.
Revolução!
Hoje não volto com elas. Que te digam isso mesmo! Se me quiseres, arranja tu coragem e vem buscar-me.
Daqui não saio. Armei-me de certezas, flores e coragem e estou pronta para te enfrentar quando vieres.
Revolução!
Deixei de ter medo. Está na hora de colocares o lema do teu regime em causa.
Manter-me presa durante todo este tempo, de que te valeu?!
Memórias? Poucas.
Saudades? Nenhumas.
Momentos? ...
Clarifica as tuas ideias, torna-te capitão de verdade e certezas concretas e vem à luta.
Assume o posto, comanda as tropas e vem.
Eu não tenho exército. Somente vontade de ser o que sempre fui e serei.
Não mudo pelo teu regime, nem pelo de ninguém.
Chama-se a isso LIBERDADE.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Partida a 23 de Abril de 2008

Pensei que o importante fosse partir.
Partir sem medo (apesar de o ter), sem pressas, sem nada.
Simplesmente ir...
Não é urgente partir, mas era urgente chegar.
Não parti...
Não cheguei...
Jamais voltarei a tentar.