sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Folhas que o vento há-de levar.

Foi neste Outono, neste vazio de tempo gasto que dei por mim aqui.
As folhas estão a adormecer lentamente. Em breve cairão.
Outras cores virão encher nossos olhos. As árvores tomarão novas formas. É tempo de mudar.
Aguardo.
Pensar já não penso. Ajo.
Mudei de estação.
Inverno.
Faça-se chuva.
Leve os restos da Primavera que nunca se tornou Verão.
Leve as flores, o canto dos pássaros, as folhas verdes, o calor, o cheiro da noite de Verão.
Tragam-me frio.
Embrulhar-me-ei em mantas quentes de recordações.
Vestirei casacos de momentos memoráveis, sentar-me-ei à lareira a imaginar como será o próximo Verão.
Traçarei caminhos ou quem sabe, limitar-me-ei a passar a gozar o tempo de Inverno.
Vento.
Preciso de vento. Há folhas que teimavam em ficar. Perderam a força.
Caíram. É tempo de o vento as levar.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

3 Desejos

SiLêncio.

Amor.

Coragem.

sábado, 15 de setembro de 2007

Game Over

Acabou-se o tempo que nos deram.
Acabaram-se as palavras, as promessas, as cumplicidades.
Acabou-se o meu tempo para ti, tal como o teu se acabou para mim.
Fugiu-me da mão o "para sempre", o "estou aqui sempre que precisares", porque não estás.
Sim, sei que as coisas mudam e que temos de nos adaptar às mudanças que surgem.
Sabia que talvez um dia nos afastassemos mais do que algum dia estivémos, mas não pensei que fosse já. Não do modo que está a ser.
Resta-me resignar e manter-me quieta no meu canto. Já não vale a pena correr atrás.
É curioso o modo como as pessoas nos magoam subtilmente...devagarinho. Se tivesse sido de modo arupto, talvez tivesse reagido melhor e me tivesse magoado menos. Talvez.
Sinto que a dor ainda não terminou. Que a maior ainda está para vir.
De todas as pessoas do Mundo, do meu Mundo, eras das últimas que algum dia me passaria pela cabeça como aquela que mais me magoaria. Afinal, enganei-me e a partir de hoje, todas as pessoas do meu Mundo ficam em termos de igualdade quanto à possibilidade de me magoarem.
Talvez por isso, eu esteja cada vez mais desligada das pessoas. Eu, eu e eu. É com isso que conto daqui em diante.
Minimizam-se os riscos de mais surpresas más.
Contudo, aproveito para te dizer que independentemente de tudo, desejo-te o que de melhor te posso desejar.
A partir daqui, continuo...Sozinha.
Um beijo, um abraço e até...

sábado, 8 de setembro de 2007

Diferença

Parar no tempo devia ser possível ou avançar e recuar de novo.
Seria curioso ver como tudo seria daqui para a frente, sem que tivéssemos de lá chegar.
Ver como seria a vida sem ti por perto ou ver como seria a tua vida sem mim. Acredito que seria melhor. Mais vivida, mais sentida, mais tudo. Creio que serias mais feliz sem mim. Nada te prenderia a nada e viverias como quisesses, sem que algo te "obrigasse" a regressar a mim. Que te fizesse pensar que "nós" seríamos um nós a sério.
Talvez sem ti no meu caminho, eu também fosse mais feliz. Não tivesse medo de pisar o risco sem me sentir culpada. Me pudesse atirar de cabeça nas relações, sem que tivesse de pensar em ti e como seria se fosse contigo.
Creio que estamos em tempo de mudança e isso anuncia-se pelo medo que tenho de te ligar. Pelo medo que tenho de te ouvir e de te ver.
Fazes-me falta ao mesmo tempo que tento tirar-te do meu tempo e da minha vida. Creio que tenho de tentar com mais força, porque a que usei até agora não foi suficiente e já que não me deixam ser feliz contigo, libertem-me para que possa tentar sê-lo com alguém que seja tudo aquilo que és, mas que tenha uma só coisa diferente: Mais coragem.
Coragem para me querer, ou coragem para me deixar.