sábado, 8 de dezembro de 2007

Hoje

Hoje recordei-nos e doeu mais do que alguma vez doera.
Ficou o vazio do tempo.
Ficaram as marcas, as palavras ditas e as que ficaram por dizer.
Ficaram os silêncios povoados de memórias.
Ficaram os momentos, as saudades, os sentimentos e a história.
Lágrimas que caem como se o tempo não passasse.
Sentimentos maiores que o tempo não apaga...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Folhas que o vento há-de levar.

Foi neste Outono, neste vazio de tempo gasto que dei por mim aqui.
As folhas estão a adormecer lentamente. Em breve cairão.
Outras cores virão encher nossos olhos. As árvores tomarão novas formas. É tempo de mudar.
Aguardo.
Pensar já não penso. Ajo.
Mudei de estação.
Inverno.
Faça-se chuva.
Leve os restos da Primavera que nunca se tornou Verão.
Leve as flores, o canto dos pássaros, as folhas verdes, o calor, o cheiro da noite de Verão.
Tragam-me frio.
Embrulhar-me-ei em mantas quentes de recordações.
Vestirei casacos de momentos memoráveis, sentar-me-ei à lareira a imaginar como será o próximo Verão.
Traçarei caminhos ou quem sabe, limitar-me-ei a passar a gozar o tempo de Inverno.
Vento.
Preciso de vento. Há folhas que teimavam em ficar. Perderam a força.
Caíram. É tempo de o vento as levar.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

3 Desejos

SiLêncio.

Amor.

Coragem.

sábado, 15 de setembro de 2007

Game Over

Acabou-se o tempo que nos deram.
Acabaram-se as palavras, as promessas, as cumplicidades.
Acabou-se o meu tempo para ti, tal como o teu se acabou para mim.
Fugiu-me da mão o "para sempre", o "estou aqui sempre que precisares", porque não estás.
Sim, sei que as coisas mudam e que temos de nos adaptar às mudanças que surgem.
Sabia que talvez um dia nos afastassemos mais do que algum dia estivémos, mas não pensei que fosse já. Não do modo que está a ser.
Resta-me resignar e manter-me quieta no meu canto. Já não vale a pena correr atrás.
É curioso o modo como as pessoas nos magoam subtilmente...devagarinho. Se tivesse sido de modo arupto, talvez tivesse reagido melhor e me tivesse magoado menos. Talvez.
Sinto que a dor ainda não terminou. Que a maior ainda está para vir.
De todas as pessoas do Mundo, do meu Mundo, eras das últimas que algum dia me passaria pela cabeça como aquela que mais me magoaria. Afinal, enganei-me e a partir de hoje, todas as pessoas do meu Mundo ficam em termos de igualdade quanto à possibilidade de me magoarem.
Talvez por isso, eu esteja cada vez mais desligada das pessoas. Eu, eu e eu. É com isso que conto daqui em diante.
Minimizam-se os riscos de mais surpresas más.
Contudo, aproveito para te dizer que independentemente de tudo, desejo-te o que de melhor te posso desejar.
A partir daqui, continuo...Sozinha.
Um beijo, um abraço e até...

sábado, 8 de setembro de 2007

Diferença

Parar no tempo devia ser possível ou avançar e recuar de novo.
Seria curioso ver como tudo seria daqui para a frente, sem que tivéssemos de lá chegar.
Ver como seria a vida sem ti por perto ou ver como seria a tua vida sem mim. Acredito que seria melhor. Mais vivida, mais sentida, mais tudo. Creio que serias mais feliz sem mim. Nada te prenderia a nada e viverias como quisesses, sem que algo te "obrigasse" a regressar a mim. Que te fizesse pensar que "nós" seríamos um nós a sério.
Talvez sem ti no meu caminho, eu também fosse mais feliz. Não tivesse medo de pisar o risco sem me sentir culpada. Me pudesse atirar de cabeça nas relações, sem que tivesse de pensar em ti e como seria se fosse contigo.
Creio que estamos em tempo de mudança e isso anuncia-se pelo medo que tenho de te ligar. Pelo medo que tenho de te ouvir e de te ver.
Fazes-me falta ao mesmo tempo que tento tirar-te do meu tempo e da minha vida. Creio que tenho de tentar com mais força, porque a que usei até agora não foi suficiente e já que não me deixam ser feliz contigo, libertem-me para que possa tentar sê-lo com alguém que seja tudo aquilo que és, mas que tenha uma só coisa diferente: Mais coragem.
Coragem para me querer, ou coragem para me deixar.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Amizade... A lost value to us.

Pensei que os sentimentos que nos assolam a alma, se mantêm enquanto uma parte de nós o permite. Enquanto não nos magoam e nos ferem.
Pensei que o respeito, o carinho e a amizade eram infindáveis, mas enganei-me...ou talvez não. Talvez tudo isso se transforme numa coisa diferente, quase insignificante.
Contigo as coisas foram diferentes de todas as outras.
Demoraste a entrar, mas quando entraste, vieste com vontade de marcar território, coisa que comigo não funciona muito bem.
Não havia espaço para mais ninguém, mas mesmo assim abri a redoma de vidro e acolhi-te da melhor maneira que consegui e da melhor que me permitiste.
Hoje, pergunto-me se o devia ter feito. Cá bem no fundo, no fundo, sei que não. Não da forma como foi.
Não soubeste aproveitar a grande oportunidade que te dei.
Somos de mundos diferentes, mas nem por 1 segundo te desrespeitei por isso, pois não? Passámos grandes momentos juntos, não há como o negar, mas os maus momentos dos últimos tempos ensombram todos os outros e creio que em termos de amizade a "experiência" foi mais negativa que positiva. Creio que o tempo ainda tem uma palavra a dizer sobre isso, mas o tempo esgota-se.
Desapareceste. Foste embora sem sequer dizer "Até logo".
Foi isso que me magoou mais que tudo o resto.
Encarei isso como uma tremenda falta de respeito. Como uma tremenda falta de muita coisa da tua parte. É pena não ter guardado um fragmento de uma frase tua que um dia me escreveste, para agora poder citá-la tal e qual. Lembro-me que dizia qualquer coisa do tipo: "Bem vinda ao meu restrito círculo de amizades. Vou tentar nunca a desapontar."
Deixa-me dizer-te que não tentaste o suficiente.
Desapontaste-me várias vezes e ao longo dos tempos, com mais dor e mais frequência.
Pedi-te somente 3 coisas: Lealdade, Amizade e Sinceridade. Não cumpriste nenhuma das 3.
Conheces-me o suficiente para saberes que não ando atrás de ninguém. Quem quer estar, está, quem não quer, não está.
Respeito (embora me custe não perceber porquê) o que fizeste.
Quem sabe um dia tu ou alguém me consiga explicar.
Hoje desisti de nós.
Desisti de acreditar que tu mudas, que és alguém com coragem.
Desisti de tentar manter-me aqui.
Desisti que te procurar para te achar, para saber de ti, para saber se estavas bem.
Desisti de jantar, de tomar café, de tudo.
Como alguém que me é muito, muito querido me diz: As pessoas conhecem-se pelas acções e não pelas palavras".
Já nem há palavras, quanto mais esperar acções...
Compreendo agora que isto foi um ciclo e está na minha mão fechá-lo.
SEI que um dia voltarás.
Pelo pouco (outrora muito) que conheço de ti, tentarás explicar-te. Não sei se me apetecerá ouvir-te.
Não esperes que te ouça. Não esperes que te sorria como dantes, se te encontrar na rua.
Não esperes que te ligue ou que tente saber de ti.
Não esperes nada.
Se e quando vieres, traz quem foste e não quem és.
Talvez um dia, quando já for tarde demais, me consigas entender.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

A alguém que desconhece o que é a Amizade

Foste um dia uma montanha.
Daquelas que têm cavernas que nos refugiam aquando das tempestades repentinas.
Hoje não és mais.
Hoje és uma ruína daquilo que foste e daquilo que algum dia serás.
És um pedaço de terra perdido no horizonte.
Perdemos o rumo para chegar a ti.
Não sabemos mais que caminho tomar.
O Sol, o teu Sol, turva-nos a vista de todas as vezes que tentamos retomar o caminho. Encandeia-nos e não nos deixa prosseguir viagem.
Deixaste de ter vontade própria em função do Sol. Ele comanda e destina o teu caminho. Tentámos mais uma vez.
Agrupámos as razões, as cordas que nos mantém unidos, os ganchos das nossas vidas e a vontade de te procurar mais uma vez.
Para mim, a última.
Caminhámos, caminhámos e desta vez vislumbrámos-te no horizonte.
O Sol estava em animada conversa com uma nuvem que o impedia de te iluminar.
Pensámos que desta vez conseguíamos içar-nos e subir ao teu topo.
A meio da escalada, o Sol veio. Escusado será dizer que não a completámos.
O resto da equipa está já a agendar a próxima tentativa.
Eu desisti.
Procurarei outra montanha.
Uma montanha que tenha sempre uma caverna para me abrigar, independentemente da vontade do Sol que com ela permaneça.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Queria...

Quero ser tudo aquilo que não sou.
Quero desprender-me das coisas e das pessoas
em que acreditava e que afinal não eram quem eu pensava.
Quero ser capaz de magoar intencionalmente,
de abanar o mundo deles tal como eles abanam o meu.
Sem pensar que dói,
sem pensar que magoa,
sem pensar que destrói.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Há fugas e FUGAS.

Contrariamente ao que a palavra indica, não foi preciso fugir.
A fuga veio ter comigo. Trazia um nome, uma data e um plano e o plano agradou-me tanto como o nome e a data. Trouxeste de volta o meu eu mais secreto. A minha mais tremente loucura e a aventura "calculada".
Sei que não vou conseguir expressar nunca a minha gratidão pelo teu gesto e que também não vou conseguir nunca explicar a quem quer que seja a imensidão da surpresa e da alegria que se seguiu. Senti-me "alive", não cabia em mim de contente. Senti-me livre e isso já não acontecia há muito tempo. Senti que podia mudar o mundo naquele instante. Libertar todos os meus medos e julguei-me capaz de tudo.
Tenho alguns SES no caminho, mas os MAS desta vez são mais fortes.
Contra o meu senso, a minha lógica e por todas as razões que a minha razão desconhece, fá-lo-ei.
Por mim. Por ti. Contigo.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Still Loving You

Apercebi-me que passem os anos que passarem, gostarei de ti sempre da mesma forma e com a mesma intensidade com que o faço hoje. Diz o povo que o tempo tudo cura, mas não creio que assim seja.
Hoje tenho a sensação que ando às voltas e que durante todo este tempo, foi isso que fiz. Around, Around, Around... Há algo que não sei explicar que me prende a ti. Quanto te vejo ou quando te ouço...tudo cá dentro se embrulha e salta e... falta o ar.
Durante todo este tempo tentei afastar-me... ou pelo menos vir andando. Percorrer o caminho de volta, mas sempre que dou mais passos que o esperado e quando já estou a avistar a ponte, tu vens e levas-me de volta. E fazes isso vezes sem conta.
Nada me garante que tu também não sintas e não tentes o mesmo e que eu também te resgate no momento exacto. SEI, com toda a certeza do Mundo, que algo invisível nos mantém agarrados um ao outro, só não sei porquê...
Gostava que essa tal força, nos pegasse ou nos largasse de vez. Deixar este impasse, este chove e não molha e esperar que um dia as coisas se resolvam. Deixar de esperar que hoje me ligues e que volte a sentir-me viva, que te lembres de dizer-me Olá, só pelo simples facto de o fazeres, sem um motivo maior. Que me olhes e que nos teus olhos veja aquilo que sempre vi e que eles insistem em dizer-me, mesmo que os teus lábios não estejam de acordo. Deixar de acordar a pensar se já estás acordado e lutar contra a vontade de te mandar uma mensagem a dizer: Amor, são horas de acordar...
Deixar de pensar onde estás naquele momento em que vi algo que queria mesmo muito partilhar contigo. Ver o Pôr-do-Sol sem a emoção devida porque não estás aqui. Não viver a cem por cento, porque sem ti o sentido é outro. Sentir o teu jeito "aflito" e a mudança da tua respiração quando tens algo para dizer e não consegues.
Querer abraçar-te e dizer-te que o dia correu bem. Ficar nos teus braços um instante enquanto o Mundo se refaz e nasce de novo...

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Ventania - Parte II

O temporal não passou de uma ameaça.
Por muito escuro que estivesse o céu, soprou somente uma leve, leve brisa, que nem força trouxe para mover as bandeiras do castelo. Melhor assim.

Ventania

Quando menos previa, quando menos pensava que acontecesse, surgiste de novo na minha vida.
Quando já tinha decidido que eras uma guerra perdida, uma causa sem causa, voltaste.
Quando estava a pensar caminhar em frente e deixar tudo o que fomos para trás, vieste. Vieste como vem o vento num dia de Inverno. Forte, decidido e apanhando de surpresa quem não sabe a força que tem. Arrastando tudo, baralhando tudo e deixando para trás um rasto de desordem. Tenho medo que isso me aconteça. Tenho medo que baralhes as ideias que arrumei durante todos estes meses , que nelas pegues, as mistures e as leves. Tenho medo que me perca nesse vento e que não tenha força para seguir em frente. Temo que me destruas o castelo ou que o deixes irremediavelmente perdido...

PS - Faz hoje "algum" tempo que edificámos um castelo junto à praia...

quarta-feira, 25 de julho de 2007

J

Guardo-te, nas mãos, enquanto não te tenho comigo.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

New era

Cansei-me de lutar por causas perdidas ou quase perdidas. Cansei-me de lutar sozinha por uma coisa que devia ser partilhada, compreendida e tentada. Como disse ou escreveu alguém: Se um dia o Sol não brilhar, sorrirei na mesma.
De início é capaz de não ser fácil, deixar de pensar, deixar de fazer, deixar de tentar, mas está a hora de tentar. Acredito que a hora não seja a melhor, mas foi a possível.
Quando existe falta de tanta coisa, é porque algo está mal e neste caso, se estão mal, à que as resolver sem as remediar depois.
Gostaria de o fazer, comunicando a cada um de vocês, os motivos, mas não tenho tempo e de momento, não tenho vontade de o fazer. Acredito que não há espaços para nós, porque a vida se tornou muito material e pouco sentimental. Porque o importante é parecer e não ser o que se é.
Porque o importante é o que se tem e não quem se tem.
Pelo que sou, parece-me que está na hora de me libertar de vocês e dos laços que me unem a cada um de vós.
Se um dia for possivel, as amarras voltam e pode ser que aí os nós não se desfaçam mais.
Por agora, é hora de partir em busca de um novo porto de guarida.
E quem sabe um dia " Soltam-se as amarras e tocam guitarras por ti, como dantes".

domingo, 22 de julho de 2007

Miss you

Para ti, a paz. Para mim, a inquietude.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Encosta-te a mim

" Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim."

Jorge Palma

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Bad day

Deixa-me dizer-te que me perdi nas palavras, nos momentos, nas horas e não sei como voltar.
Tudo me parece vazio, desprovido de coisa alguma. Perdi a sensibilidade de retirar dos dias algo mágico. Algo que todos os dias se transforma e renasce para nós.
Talvez seja eu que nada queira ver, que nada queira sentir, nem nada queira achar.
Perdi-me na imensidão de gente que me rodeia, mas onde não está ninguém com quem eu queira estar.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

47

E quando tudo no mundo se perde, tudo em ti se revela e tudo em ti se vislumbra.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Passos

Sorri. Respira. Dança. Corre. Voa.
Olha. . Inspira. Sente. Pensa. Faz.
Promete. Toca. Conclui. Revela. Saboreia.
Acalma. Leva. Chora.Ama. Traz.

Fica.

Esquece.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Direito de Escolha


Hoje desfiz os nós que ainda nos uniam. Os únicos que restavam.
Segurei-os um a um e fui cortando.
Cortei também todas as cordas que um dia seguraram as velas deste navio.
Não preciso mais delas. Deixou de haver vento.
Deixo-te somente uma corda para fazeres dela o que quiseres.
Agarra-te ou solta-te...sem um único lamento.

P.S. - Paulo, Muito Obrigado por ma teres "emprestado".

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Um dia

Outros olhos verão aquilo que os teus não viram, ou não quiseram ver...

domingo, 8 de julho de 2007

Dualidade de Tempo

Perguntei ao tempo se tinha tempo para me dar. Respondeu-me que o tempo é tempo e há sempre tempo a chegar.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

No 52...Já ninguém mora!

Cheguei e sentei-me.
Coloquei a mala a meus pés e olhei de frente a casa. Quase nada mudara.
Fiquei ali a contemplá-la durante um bom bocado.
Parece que o tempo voltara atrás e que ainda via em alguns dos rostos que passavam, as feições de crianças que por ali andavam.
O vento soprava de mansinho e o cheiro a Verão invadia o ar.
Quase não havia carros ou pessoas na rua.
Olhei à minha volta e reparei que cada cantinho daquele largo, escondia um segredo. Sorri.
Relembrei o dia em que te encontrei pela primeira vez. Estava sentada no passeio em frente à minha casa e tu caminhavas do outro lado da rua. Em passos fortes, seguros, compassados. Trazias no rosto a calmaria de uma noite de Verão. Olhei-te e perdi-me na imensidão do teu ser. Não consegui tirar os olhos de ti. Continuaste caminhando e a certa altura paraste e olhaste-me de soslaio. Fingi que não vi. Apercebendo-te do meu pouco à vontade, viraste-te para mim e sorriste. Fui incapaz de não te sorrir.
A rebeldia das águas do mar em dias do mais rigoroso Inverno, estava agora no meu peito.
Senti-me voar.
Quis dizer-te Olá, mas a minha boca recusou a mexer-se e os lábios a colaborar.
Continuaste a andar.
No dia seguinte, no outro, no outro e no outro, esperei-te. Não vieste.
Por força do destino, 3 meses depois fomos obrigados a mudar de casa. Estive fora do país 10 anos.
A única coisa que sabia era que moravas no n. 52 da Rua das Papoilas.
Durante todo esse tempo perguntei-me por ti. Onde estavas? Como? Terias mudado? Já não terias aquela farta cabeleira loura? Apercebi-me que fazias parte de mim, como nenhuma outra pessoa. Adormecia e acordava a ver-te sorrir.
Há um mês, decidi voltar e procurar-te.
Trouxe as malas cheias de saudade e aqui estou; no mesmo largo, a contemplar a tua casa e a ganhar coragem para ir bater na tua porta...para te dizer olá.
Atravesso a estrada e respiro fundo. Levanto a mão de punho fechado e bato à tua porta.
Uma velhinha da casa ao lado, vem à janela e pergunta:
-Oh menina, quem procura? A família e o menino mudaram-se ontem . No 52...já ninguém mora!

(Em resposta a um desafio lançado por um membro da blogosfera: Finúrias)

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Rasguei-te de mim...

Neste preciso momento, matei o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro.
Coloquei em texto tudo o que fomos e de seguida rasguei tudo, como se rasgasse do meu peito o que ainda restava de ti.
E ainda restava tanto...
Escrevi cada letra como se escrevesse a raiva que me atormenta a alma neste momento,
cada parágrafo com todo este sofrimento, esta dor que não passa.
Dei por perdidos todos os versos que escrevemos nos momentos em que nossos olhos se encontraram e que nossos corpos se tocaram.
Perdido para sempre, em cada pedacinho de papel, está aquilo que um dia foi algo superior,
que não tem nome...quem sabe...amor.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Different Shapes

A mágoa tem tantas formas e tantos feitios que demorei tempo demais a perceber isso.
Gostava que as minhas mágoas dessem para transformar em formas físicas e entregá-las ao mundo. Tirá-las de nós, como quem tira um sapato e o arruma a um canto para nunca mais usar.
Neste momento, as poucas mágoas que tenho, davam para fazer um navio.
Vou tentar lançá-lo ao mar.

terça-feira, 3 de julho de 2007

2

Ontem guardei-te nas minhas mãos.

domingo, 1 de julho de 2007

"Forbiden Colours"

Tal como as cores proibidas, haviam também de ser proibidas ideias e sentimentos que nos fizessem entristecer sem razão...de repente.
Aconteceu-me isso agora ao olhar aquela foto. Senti-me vazia. Sozinha. Desamparada. Sem ti.
Tive a sensação que te perdi...
Senti o mar invadir-me os olhos e transbordar, uma vez e outra cada vez com mais força.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Dia

Há coisas tão pequenas que nos fazem sentir tão grandes...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Falta de Espaço

É por ti que escrevo, que transponho em papel as palavras que dantes guardava em mim.
É por ti que essas palavras se misturam, se atropelam e não saem quando estás perto. Quando se cria um nó na barriga e se sente que duas mãos invisíveis nos apertam o coração. Um dia, gostaria de ter a capacidade de transformar em palavras, cada parte deste sentimento que me invade a alma. Há coisas que não se conseguem explicar e tenho receio, ao mesmo tempo que tenho orgulho, que esta seja uma delas.
Sinto, desde o primeiro momento que te vi, que o meu amor por ti não me cabe no peito. O meu coração é demasiado pequeno para o albergar.
Apesar de não to conseguir explicar, tenho a certeza absoluta que me consegues entender, mesmo que para isso não sejam necessárias palavras, ou não fosses tu quem és...

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Sexta feira, 13...ou quase.

Shhiuuuu!
Não lhe fales, não digas nada.
Senta-te e acalma os teus nervos. Ele está a chegar.
Não entres logo a matar na conversa. Deixa-o pensar que mais uma vez que te consegue enganar. Deixa-o explicar. Quando acabar, olha-o de frente, sorri e diz-lhe que a vossa história acabou. Não estará à espera e não saberá como reagir.
Diz-lhe que afinal fizeste a escolha errada e que mereces ser feliz. Diz-lhe com todas as letras que te magoou, que te feriu de morte e que como tal, não o queres do teu lado.
Não tenhas medo.
Quando o amor é encarado de uma forma tão vã, tão vazia, tão desencantada, não vale a pena ser chamado de amor, porque não o é. Talvez ele não saiba o que é o Amor, mas tu sabes e concordarás comigo.
Abre as asas e voa Elisabete. Sê feliz.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Oh Life!

Hoje não me apetece escrever.
Apetecia-me sentar à frente da vida de algumas pessoas e perguntar-lhe que raio de voltas são estas que ela está a dar. Que raio de injustiça é esta? Como é que uma coisa tao bela pode tornar-se tão fria? Injustiça é mesmo a única palavra que me ocorre. Apetecia-me gritar com a vida! Dizer-lhe que está a portar-se muito mal e que as coisas não podem ser assim...incoerentes. Oh vida! Anda cá! Senta-te aqui e não te mexas até que eu mande levantar-te! Estás de castigo!

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Amanhecer

Amanheci gelada. Desprovida de certezas que até então tinha.
Amanheci triste, com aquela tristeza que nos assola quando as melhores coisas que temos se perdem.
Amanheci com a sensação que o muito que tinha, afinal era pouco.
Tão pouco, que talvez se tenha irremediavelmente perdido...

terça-feira, 19 de junho de 2007

A vocês

Há dias em que temos uma imensa necessidade de dizer aos que nos são próximos o quanto os amamos e que nem que venha o Diabo a quatro, isso mudará um dia.

Hoje, essa vontade e o medo de não ter tempo para vos dizer isso, agarrou-me e colocou-me aqui, sem saber muito bem por onde começar.

Talvez comece por dizer-vos que jamais terei palavras suficientes para conseguir expressar aquilo que vocês são para mim, mas que tentarei ilustrar um bocadinho desse sentimento nobre que é a Amizade.

A vocês devo o Mundo, mas o Mundo só não chega.

Descobri que a Amizade afinal não se escreve, que se sente, que se dá sem nada receber em troca, que supera quase tudo, que resiste a distâncias grandes e a tempos maiores.
Descobri que na vida conta quem temos connosco e que mesmo que o Mundo nos desabe na cabeça, haverá sempre alguém que tudo fará para nos erguer.
Descobri que sou quem sou por vocês.

Amo-vos. Cada um à sua maneira, porque os amores nunca são iguais.

Brisa

Queria ser vento e voar, voar, voar.
Queria ser brisa quando te visse, para poder tocar-te e beijar-te ao de leve, tirando todo o partido do momento.
Passar por ti e dançar devagarinho em teu redor. Abraçar-te e passar a mão pela tua face...devagar.
Sentir a tua pele pelo simples prazer de a sentir.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Ida

Quando um dia à noite vieres,
Traz contigo um pedaço de mar,
Traz-me também um pedaço de lua
e uma estrela que possa guardar.

Quando um dia de dia partires,
Quando quiseres voltar,
Leva tudo o que quiseres,
Só não me peças o mar.

Quando um dia à noite vieres, quando um dia de dia voltares.

sábado, 16 de junho de 2007

Para onde?

Caminharemos lado a lado, sem nada perguntarmos um ao outro e desejando que em cada olhar, o nosso silêncio se entenda.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Porquê?

Há coisas que se dizem por dizer, há coisas que se dizem sem querer e há coisas que se querem dizer e não se dizem. Porque o momento passa, porque o nó na garganta não deixa, porque o ar nos falta, porque o coração deixou de bater naquele instante, porque nos falta coragem.

Hoje, dispenso palavras.

Hoje, se te visse, tinha tanta coisa para te dizer...

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Veloz

A vida corre, corre e não pára.

O tempo corre, corre e não pára.

O amor corre, corre e não pára.

E tu? E nós? Corre, corre ou pára?

Corre, corre.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Sei que sabes

Os nosso caminhos cruzaram-se há muito e permaneceram cruzados. Alguém assim o exigiu e nós não soubemos fugir ao destino ou não quisemos.
Sei que sabes a importância que tens na minha vida, apesar de nunca to ter dito com todas as letras. Fá-lo-ei um dia.
Hoje decidi dizê-lo ao mundo, para que se não tiver tempo de o dizer, alguém do mundo to diga.

Today...

Hoje ganhámos asas e voámos...Para longe.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

3...2...1...

"De todas as formas, cabe-nos a nós não deixar as pessoas partir." ACB

Não vou deixar-te partir. ..
Jamais.