quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Frágil

Parafraseando o Jorge Palma: "Sinto-me frágil".
Sinto-me como se a redoma de vidro que me protege das enormes atrocidades que existem lá fora, tenha sido irremediavelmente quebrada e fiquei ali...Sozinha. A olhar o vazio que é a vida lá fora.

Na minha redoma, havia muitas estrelas brilhantes. Not anymore...Umas perderam o brilho e outras precipitaram-se para a fuga, assim que o vidro se quebrou. A essas, desejo que mudem de constelação e que por lá fiquem. Naquilo que é meu, apenas reside quem está por vontade própria.

Na minha redoma havia tanta gente boa. HAVIA.

Na minha redoma havia paz, sossego, amizade, tranquilidade, apego, sinceridade, amizade desmedida, carinho, apoio, cumplicidade. Faltava-lhe a luz, para se poderem ver as falsidades incrementadas.

Talvez esteja na altura de deixar a redoma aberta, partida e frágil. Talvez seja esse um teste necessário para ver quem lá quer permanecer na verdade. Eu própria já exclui alguns que ora entram, ora saem, ora partem, ora voltam, sem certezas, nem vontades definidas.

Talvez seja tempo de eu abandonar a redoma partida. Tudo tem o seu tempo. Tudo nasce, cresce e morre.
Hora de morte: 10:55 de 13 de Agosto de 2008.

2 comentários:

Anne disse...

Porque é q já dissemos tantas e tantas vezes q 'isto' ia morrer, que estava a morrer e q talvez morto estivesse? Porque será que teimamos em afirmar uma coisa que nao acontece assim, que so nas nossas ilusoes surge? Eu acredito que MORRERÁ, quando O TEMPO MATAR. Eu nao vou cometer mais nenhuma tentativa de amoricídio, se é que isso existe, CHEGA!

Senhora do Vento disse...

Sabes, há coisas que morrem porque têm que morrer e outras há que não morrem, porque não podem morrer. Esta simplesmente morreu...de velha, de insistência, de faltas graves no sistema, de tempo...Morreu de solidão porque o tempo assim o permitiu e porque chegas a uma altura da vida que tens capacidade de te desprender de uma maneira que não sabias ser capaz. Tens noção que deixaste de ter importância em certas vidas, que deixas de ter um tempo presente quando as acções alheias assim o mostram e eu não TENHO TEMPO para perder com quem não tem 1 minuto para me ligar e saber só se estou bem ou se preciso de um ombro e isso desgasta-nos, corrói-nos e ensina-nos que a vida é curta para quem está e para quem se importa connosco, quando mais para perder tempo com quem não merece...