Foste um dia uma montanha.
Daquelas que têm cavernas que nos refugiam aquando das tempestades repentinas.
Hoje não és mais.
Hoje não és mais.
Hoje és uma ruína daquilo que foste e daquilo que algum dia serás.
És um pedaço de terra perdido no horizonte.
És um pedaço de terra perdido no horizonte.
Perdemos o rumo para chegar a ti.
Não sabemos mais que caminho tomar.
O Sol, o teu Sol, turva-nos a vista de todas as vezes que tentamos retomar o caminho. Encandeia-nos e não nos deixa prosseguir viagem.
Deixaste de ter vontade própria em função do Sol. Ele comanda e destina o teu caminho. Tentámos mais uma vez.
Deixaste de ter vontade própria em função do Sol. Ele comanda e destina o teu caminho. Tentámos mais uma vez.
Agrupámos as razões, as cordas que nos mantém unidos, os ganchos das nossas vidas e a vontade de te procurar mais uma vez.
Para mim, a última.
Caminhámos, caminhámos e desta vez vislumbrámos-te no horizonte.
Caminhámos, caminhámos e desta vez vislumbrámos-te no horizonte.
O Sol estava em animada conversa com uma nuvem que o impedia de te iluminar.
Pensámos que desta vez conseguíamos içar-nos e subir ao teu topo.
A meio da escalada, o Sol veio. Escusado será dizer que não a completámos.
O resto da equipa está já a agendar a próxima tentativa.
Eu desisti.
Procurarei outra montanha.
Uma montanha que tenha sempre uma caverna para me abrigar, independentemente da vontade do Sol que com ela permaneça.
A meio da escalada, o Sol veio. Escusado será dizer que não a completámos.
O resto da equipa está já a agendar a próxima tentativa.
Eu desisti.
Procurarei outra montanha.
Uma montanha que tenha sempre uma caverna para me abrigar, independentemente da vontade do Sol que com ela permaneça.
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